Existe um e apenas um critério para definir se alguém é ou não libertário e é um critério muito simples na verdade. Quando olhou para a estrutura epistemológica da liberdade, Rothbard percebeu um dualismo: legitimidade e agressão.
Diferenciar ações que são legítimas das ações que envolvem agressão é em última instância a essência do libertarianismo, a percepção da necessidade do estabelecimento de uma ordem social em que as hierarquias sejam legítimas e justificadas, tais como as oriundas de contratos ou de vínculos familiares.
Uma das consequências lógicas da adoção de qualquer postura libertária é a rejeição do estado como meio de racionalização do mundo em prol da adoção do único ente capaz de entregar legitimidade a qualquer coisa: o indivíduo.
Nesse sentido, toda e qualquer reflexão que adote bases de organização social que envolvam o estado é em si contraditória, eis que enuncia uma preferência pela participação na esfera política (ato de legitimação do estado) do estado ao mesmo tempo em que advoga pela ilegitimidade do mesmo.
Toda e qualquer reflexão que apoie qualquer agressão ainda que não diretamente estatal a indivíduos também é típica de falsos libertários. Eis que o discurso é essencialmente o maior materializador de direitos positivos eis que não existem na esfera objetiva da sociedade. Dizer que alguém que percebe essas coisas e defende a coerência é clubista é dizer que Rothbard e Hoppe eram clubistas, eis que os mesmos fazem (e fizeram) isso ativamente. Descreveram quem é ou não é libertário, quem respeita ou não a propriedade privada e quem está ou não do lado da liberdade, porque diferente das outras filosofias, a filosofia da liberdade é OBJETIVA.
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