Ícone do site Universidade Libertária

Teorias do Big Bang

Tempo de Leitura: 3 minutos

Publicado originalmente em SEK3.

A Terra tremeu. Um edifício do Estado desmoronou. E a vida soberana de um indivíduo cessou.

O momento foi preenchido com os elementos de baixo drama: tragédia, ironia, erro fatal, mistério, terror na calada da noite, sabotagem no matagal, do opressivo estado policial ou um desprezível ato de mal por um bando de criminosos loucos, dependendo de seu ponto de vista.

O caminhão com a bomba foi roubado de um professor conhecido por ser simpático com a revolução estudantil; ele foi totalmente demolido pela explosão. A chamada aos porcos para o alerta, às 3:40 da manhã, foi apenas dois minutos depois da prematura explosão, mas mesmo se tivesse sido mais, Os Porcos da Cidade admitiram, eles não poderiam alertar os estudantes de graduação que estudavam até mais tarde no prédio do setor de física Sterling Hall, que foi aferido como sendo o alvo primário, o Army Math Research Center. Somente a polícia da universidade poderia alertá-los por jurisdição, e eles tinham de ser contatados antes. Os alegados terroristas, por sua vez, foram assistidos pelo mesmo Estado de forma invejosa enquanto os Canadian Mounties que os tinham sob supervisão não puderam contê-los porque os mandados Federais eram por crimes não extraditáveis, e mandados do Estado de Wisconsin eram precisos.

O Army Math Research Center (AMRC) foi supostamente atacado como um instrumento de opressão do povo vietnamita. A conexão foi extremamente tênue, já que o AMRC publicou seu trabalho abertamente, e era quase pura pesquisa. Uma última ironia: Robert Fassnacht, a vítima fatal, era também conhecido como uma oponente da intervenção americana no Vietnã.

Houve danças nas ruas, na área “hippie” da Mifflin Street, seguidas por polêmicas e culposas negações disso quando a morte veio a notícia. O resto das reações foram horrivelmente previsíveis. Os regentes do estado gritavam por causa do tapa na cara — a destruição da “propriedade” sagrada do Estado e, acidentalmente, o assassinato de um estudante inocente. Os conservadores se regozijaram com o iminente ganho em votos quando as eleições primárias se aproximavam, os Liberais falavam sobre lei e ordem defensivamente, ou acusavam a direita de explodir o Centro para lucrar com a REAÇÃO. Estudantes orientados ao objetivismo lamentaram pela perda dos artigos de pesquisa (os quais eles pensavam que estavam seguros sob a proteção do Estado) e pela perda da vida. Um artigo pouco conhecido Kaleidoscope imprimiu uma afirmação pela “New Year’s Gang” dando suas razões para o ataque — assumindo que tal gangue existisse. O editor foi para a prisão em vez de ao menos verificar a autenticidade de seu artigo perante um Grande Júri, e muito menos de “comprometer sua fonte de informação”, como ele afirmou.

Os RLA-symps na Universidade de Wisconsin tiveram, como sempre, a visão dissidente radical. “Não, nossos camaradas antigos na YAF & SIL, não havia ‘propriedade’ destruída”, dizemos. “E não, meteorologista, não regozijamos por seus supostos serviços a seus porquinhos de estimação — Castro, Dong, et al. Se um verdadeiro e Livre “Tribunal do Povo” existisse, você ficaria feliz em escapar com convicção sobre acusações de negligência criminal, e estar gastando de forma justa as suas vidas reembolsando as esposas e crianças de suas “baixas”.

Pois um direito absoluto a vida foi violado. Há somente um resultado objetivo de seu ato. Robert Fassnacht está morto. E se houvesse Justiça real para ser obtida, o Governador Khowles & o Senador Proxmire, vocês seriam processado por sua deliberada atribuição desse ato a “Anarquistas e ao Anarquismo” Seu repentino respeito pela vida é obsceno em sua hipocrisia. Nós, anarquistas aqui em Madison, parece, somos os únicos restantes que têm consistentemente lutado pela continuação e preenchimento da vida; e nós devemos continuar a lutar contra os inimigos disso: as armas do Estado, e as bombas do potencial ESTADO. 

FIM.


The Abolitionist / Uma Publicação da Radical Libertarian Alliance 

Volume 1 Número 7 / Setembro de 1970 

Páginas 4, 6

Sair da versão mobile