É plenamente concebível que aquele que nos lê acredita veementemente que o estado é um bom interventor, um ladrão no melhor estilo Robin Hood que é capaz de mudar o fluxo da riqueza de forma que beneficie igualmente a todos e que sem sua existência, o mais pobre seria o maior prejudicado. É possível que acredite que sem estado não há segurança, educação, saúde e justiça. É possível que acredite sinceramente que diariamente é beneficiado por esse bom camarada.
Mas vamos refletir por apenas um instante; o que pensaria do estado se fosse esse um indivíduo? Pense num indivíduo que certo dia adentrou na sua casa e que lhe cobra por serviços que você não requereu. Pense que esse mesmo indivíduo comece a controlar aquilo que gasta e comece a te escravizar em uma porcentagem da renda que recebe todo mês. Como você se sentiria com isso? Isso com certeza lhe causaria muita estranheza, não é mesmo? Então por que não é estranho quando esse mesmo indivíduo faz alguma dessas coisas com um pedaço de papel o autorizando?
Liberdade é sobre opções, sobre aquilo que nos é possível. A força é o extremo oposto da possibilidade porque ela fala de uma necessidade imperativa que não dialoga com os nossos esforços de compreender o mundo. Quando o estado limita nossas ações através de um monopólio da violência e da justiça, é evidente que mesmo nas melhores das intenções, longe de criar segurança, a está minando. O estado não tem como ser o protetor da propriedade privada porque é o primeiro a desrespeitá-la.
Pense num sujeito que lhe dissesse essa frase: “Ora, se eu sou a única alternativa, porque haveria de ser melhor? Ou ainda que quisesse ser melhor, seria melhor usando-me de que referencial?” Essa é a genuína mentalidade do estado e a indicação de porque os serviços estatais são tão desconectados da realidade. E como não poderia ser? Ao optar por favorecer todos os referenciais a todo o tempo, o estado acabará por satisfazer nenhuma ou apenas uma parcela destes. Normalmente aqueles que tiverem mais condições de exercer lobby por sobre a ação do próprio estado, os chamados amigos do rei.
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