Publicado originalmente em SEK3.
Nós viemos, Nós vimos, Nós convertemos
Prazerosamente surpresos por um clima de 75 graus [fahrenheit, aproximadamente 24 graus célsius] que encontramos ao chegar no aeroporto de Denver, muito mais alto do que o previsto, continuamos por uma longa viagem de ônibus até Estes Park, no Colorado. Após a primeira noite, acordamos com uma forte nevasca e com encanamento deficiente. A natureza prenunciava uma alegoria da Conferência da Casa Branca sobre a Juventude.
De 18 a 22 de abril, jovens estabilishmentários iniciantes, boicotando reformas de procedimentos parlamentares, e alguns radicais agregados se condensaram de todo o mundo em Estes Park, a nova meca do Meeting Freaks. Vários convites para a Conferência foram passados ao longo do espectro de libertários conservadores a menos conservadores; a maioria dos convites acabou sendo recusada.
O juízo final sobre quem deveria receber as aplicações para os convites terminou nas mãos da liderança do eixo Society for Individual Liberty / California Libertarian Alliance, e levou a reclamações de exclusão por parte da RLA [Aliança dos Libertários Radicais, ou em inglês Radical Libertarian Alliance] da costa leste.
No entanto, todos os três libertários que engoliram a repugnância de participar de uma função puramente estatista (para não mencionar a repugnância da comida servida lá) eram membros da RLA e usavam abertamente botões de bandeira preta. Além de mim, Ron Kimberling da Califórnia e Marshall Beerwinkle do Texas estavam presentes. Mais dois anarquistas de esquerda, Sissy Kelly de D.C. e Joost van Nimis (delegado internacional que participou da Dartmouth) colocaram botões da RLA durante a Conferência. Todos estavam em diferentes forças-tarefas.
A princípio, um caucus libertário foi considerado e esforços rudimentares foram feitos para criá-lo. Para nossa surpresa, a formação de um caucus anarquista foi anunciada e, assim, os membros da RLA se arrastaram pela neve até a cabana afastada onde a reunião seria realizada.
A reunião foi convocada por um delegado de imprensa de um jornal da Universidade da Califórnia e contou com a presença de repórteres do Village Voice e da Rolling Stone. Nenhuma proposta concreta emergiu das dez pessoas presentes, mas muita química prazerosa estava em evidência; nem ninguém ficou por perto para o Free Enterprise Caucus que se seguiria naquela cabana.
A maior parte do grupo se separou para participar da Conferência de Imprensa, onde a química acima mencionada agiu como um repelente de porcaria. Os interessados nos detalhes da Conferência de Imprensa podem entrar em contato com Ron Kimberling, a/c CLA, Box 572, Santa Ana, Cal. A participação da RLA nas reuniões da Força-Tarefa, com exceção de dois convertidos, foi fraca, mas a participação no coffeehouse, onde foram realizados shows de luz de acid rock, foi excelente.
Os delegados libertários passaram a maior parte do tempo com delegados interessados no libertarianismo. Alguma influência libertária foi exibida no Preâmbulo e no Relatório do esboço da Força-Tarefa. A Drug Task Force defendeu a legalização e regulamentação da maconha, e o direito de usar outras drogas, juntamente com o aumento da perseguição aos traficantes, dividiu as fileiras libertárias. Fiz meu único discurso à Assembleia: um ataque apaixonado às regulamentações e ao controle.
Os libertários restantes sentiram que sua segurança pessoal contra a prisão era mais importante do que lutar por princípios e votaram silenciosamente a favor do Relatório. Nenhuma outra medida evocou a ação da RLA na Conferência, e a votação foi dividida em outras questões. Um exemplo disso foi a recomendação do Vietnã exigindo a retirada completa dos EUA, mas ajuda maciça dos EUA em “reparações” que eu senti que continuavam o imperialismo com um disfarce mais “aceito”. Felizmente, outra década deve passar antes que o Estado realize outra Cooptação da Juventude da Casa Branca.