- P1 O futuro Existe OU o Futuro Não Existe
- P2 Se o futuro existe, então, Deus não criou o mundo verdadeiramente
- P3 Se o futuro não existe, então, Deus não conhece o futuro
- P4 Se Deus não criou o mundo verdadeiramente, então, o teísmo clássico é falso
- P5 Se Deus não conhece o futuro, então, o teísmo clássico é falso
- C1. Se o futuro existe, então o teísmo clássico é falso (P2, P4 por SH)
- C2 Se o futuro não existe, então o teísmo clássico é falso (P3, P5, por SH)
- C3 o teísmo clássico é falso (P1, P2-C2, eliminação da disjunção)
Justificação do primeiro chifre do dilema
Não há um momento onde o mundo não existe de forma absoluta. Para dar um exemplo, digamos que Deus crie o mundo em t1, todavia, o mundo já existe em t2, uma vez que o futuro existe de igual modo que o presente, isso quer dizer que existe um momento em que o mundo não existe, porém, há outro momento em que o mesmo existe, e esses dois momentos existem em conjunto. Segue, portanto, que Deus não cria o mundo de forma absoluta.
#Solução: Deus cria o passado, o presente e o futuro ao mesmo tempo
#Problema: Se a criação do mundo é o primeiro momento do tempo, então, o que seria passado?
#Solução: A criação do tempo é passado, presente e futuro.
#Problema: Isso incorre no paradoxo de Mcttagart
Justificação do segundo chifre do dilema
Conhecimento é possível por duas vias, conhecimento por contato e conhecimento proposicional, ou seja, conhecimento por proposições, “saber que p”. Se o futuro não existe, então, Deus não pode conhece-lo por contato, da mesma forma, não pode conhecer, agora, proposições sobre o futuro, pois tal como não há um futuro, não há agora proposições VERDADEIRAS sobre o mesmo.
#Solução: Existe proposições agora, ainda que o futuro não exista, e elas são veridadas no presente.
#Problema: Aboutness – razões ou evidencias no presente não veridam proposições sobre o futuro.
#Solução: Estados de coisas do Plantinga
Problema: Primeiro, eles não são truth-makers, segundo o próprio Plantinga. Segundo, eles são indiscerníveis de suas proposições. Terceiro, eles também ferem o principio do aboutness. Quarto, eles são atemporais porque são abstratos.
#Solução: Contrafactuais sobre o futuro.
#Problema: A tese da semântica de contrafactuais Stalnaker-Lewis diz que uma contrafactual é verdadeira mediante certa similaridade entre o mundo possível atual e o mundo possível não atual mais próximo (ou mundos possíveis não atuais mais próximos), com base nisto, pode-se concluir que para Deus conhecer as contrafactuais verdadeiras logicamente antes ao seu decreto executório de criação do mundo atual, Ele teria que conhecer este mesmo mundo atual; mas, com efeito, para conhecê-lo, a semântica Stalnaker-Lewis requer que Deus conheça antes as contrafactuais verdadeiras mediantes as quais decreta atualizar o nosso mundo atual, pelo que descamba-se num círculo vicioso.
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