Quem foi Milton Friedman?
Como um líder da escola de economia de Chicago, Friedman influenciou vários campos de pesquisa da economia. Uma pesquisa feita com economistas posicionou Milton Friedman como o segundo economista mais influente do século XX, logo atrás do britânico John Maynard Keynes, com o periódico The Economist descrevendo-o como “o economista mais influente da segunda metade do século XX… possivelmente de todo o século“.
Os desafios de Friedman ao que mais tarde ele chamou de teoria “keynesiana ingênua” (em oposição à nova teoria keynesiana) começaram com sua reinterpretação na década de 1950 da função de consumo, sendo que ele se tornou o principal opositor às políticas governamentais keynesianas. No final da década de 1960, ele descreveu sua abordagem (juntamente com toda a economia ortodoxa) como sendo “linguagem e instrumentos keynesianos“, rejeitando suas conclusões iniciais.
Durante a década de 1960, ele promoveu uma política macroeconômica alternativa conhecida como “monetarismo“. Ele afirmou que existia uma taxa “natural” de desemprego e defendeu que os governos somente poderiam aumentar o nível de emprego acima desta taxa aumentando a demanda agregada e causando uma aceleração da inflação. Ele defendeu que a curva de Phillips era, no longo prazo, vertical à “taxa natural” e previu o que seria conhecido como estagflação. Embora se opusesse à existência do Federal Reserve System, Friedman defendeu que, dado que ele existia, uma pequena expansão estável da oferta monetária era a única política a ser tomada.
Friedman foi um conselheiro econômico de Ronald Reagan, enquanto o republicano ocupou a posição de chefe de estado dos Estados Unidos da América. Sua filosofia política exaltava as virtudes de um sistema econômico de livre mercado com intervenção mínima. Ele uma vez afirmou que seu papel na eliminação do alistamento nos Estados Unidos foi sua realização de maior orgulho, sendo que seu apoio à escolha da escola levou-o a fundar a Fundação Friedman para a Escolha Educacional. Em seu livro de 1962 Capitalismo e Liberdade, Friedman defendeu políticas como o alistamento voluntário, taxas de câmbio flutuantes, a abolição da licença médica, um imposto de renda negativo e cupons escolares. Suas ideias quanto à política monetária, tributação, privatização e desregulamentação influenciaram as políticas governamentais, especialmente durante a década de 1980. Sua teoria monetária influenciou a resposta do Federal Reserve à crise financeira mundial de 2007-2008. No campo da estatística, Friedman desenvolveu o método de amostragem sequencial de análise.
As obras de Milton Friedman incluem muitas monografias, livros, artigos acadêmicos, colunas em revistas, programas de televisão, vídeos e palestras, cobrindo uma ampla variedade de tópicos de microeconomia, macroeconomia, história econômica e assuntos de política pública. Seus livros e ensaios foram amplamente lidos, tendo uma influência internacional, até mesmo em antigos estados comunistas.
NASCIMENTO
31/07/1912, Nova Iorque, EUA
ESCOLA/TRADIÇÃO
Escola de Chicago, monetarismo, liberalismo clássico
MORTE
16/11/2006, São Francisco, EUA
Obras de Friedman
- A Theory of the Consumption Function (1957)
- A Program for Monetary Stability (Fordham University Press, 1960)
- Capitalism and Freedom (1962)
- A Monetary History of the United States, 1867–1960
- Free to Choose: A Personal Statement, with Rose Friedman, (1980)
- The Essence of Friedman, essays edited by Kurt R. Leube, (1987)
- Two Lucky People: Memoirs (with Rose Friedman) (1998)
- Milton Friedman on Economics: Selected Papers by Milton Friedman, edited by Gary S. Becker (2008)