Existe um e apenas um critério para definir se alguém é ou não libertário e é um critério muito simples na verdade. Quando olhou para a estrutura epistemológica da liberdade, Rothbard percebeu um dualismo: legitimidade e agressão.
Diferenciar ações que são legítimas das ações que envolvem agressão é em última instância a essência do libertarianismo, a percepção da necessidade do estabelecimento de uma ordem social em que as hierarquias sejam legítimas e justificadas, tais como as oriundas de contratos ou de vínculos familiares.
Uma das consequências lógicas da adoção de qualquer postura libertária é a rejeição do estado como meio de racionalização do mundo em prol da adoção do único ente capaz de entregar legitimidade a qualquer coisa: o indivíduo.
Nesse sentido, toda e qualquer reflexão que adote bases de organização social que envolvam o estado é em si contraditória, eis que enuncia uma preferência pela participação na esfera política (ato de legitimação do estado) do estado ao mesmo tempo em que advoga pela ilegitimidade do mesmo.
Toda e qualquer reflexão que apoie qualquer agressão ainda que não diretamente estatal a indivíduos também é típica de falsos libertários. Eis que o discurso é essencialmente o maior materializador de direitos positivos eis que não existem na esfera objetiva da sociedade. Dizer que alguém que percebe essas coisas e defende a coerência é clubista é dizer que Rothbard e Hoppe eram clubistas, eis que os mesmos fazem (e fizeram) isso ativamente. Descreveram quem é ou não é libertário, quem respeita ou não a propriedade privada e quem está ou não do lado da liberdade, porque diferente das outras filosofias, a filosofia da liberdade é OBJETIVA.
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Reparei que o autor desse artigo se auto denomina progressista libertário. Como pode ser progressista, tendo em vista que o progressismo no Brasil é um pauta de esquerdistas que defendem nitidamente os meios políticos para um “progresso social”? Achei contraditório, mas posso estar enganado.
Escolhi a expressão progressista libertário pra dizer que defendo pautas como feminismo, movimento lgbt e movimento negro se forem pautados de forma individualista, sem a adoção do estado.
isso significa que você defende as estruturas dos temas citados, ou apenas defende que tenham a liberdade de utilizar seus recursos para ajudar esses grupos? eu por exemplo apenas me pauto pelo valor humano. qualquer coisa que implica divisão por classes é imoral ( minha opinião obviamente). nesse sentido não apoio quaisquer movimento que tenha como objetivo auxiliar apenas determinados grupos ditos minoritários ( exemplo clássico da questão feminista, onde hoje quem é absurdamente prejudicado inclusive pelo próprio Estado são homens, incluindo pelos meios de comunicação, através de falsa acusações e leis positivadas) você conseguiria fazer esse tipo de reflexão e entender esses pontos de vista? ( veja não questiono o que você é ou deixa de ser como individuo que não utiliza do estado para cometer agressões) apenas gostaria de entender a opção de se rotular de progressista já sabendo que essas mesmas ditas minorias são as que mais se valem do método estatal para agredir outrem, acabando com a liberdade de expressão, livre iniciativa, livre mercado e inclusive apoiando regimes autoritários. não seria valido apoiar a evolução humana e não classes? grande abraço.
Acho que ele estava se referindo simplesmente a não ser um conservador. Tipo assim, não é contra casamento gay por exemplo e luta das feministas pela igualdade de DIREITOS NATURAIS respeitados NA PRÁTICA e um incentivo a um respeito moral de suas liberdades (pois ter de tolerar direitos naturais pela ética libertária é uma coisa. Respeitar e não ver nada de mais, é outra)