A ideia libertária de sociedade sem estado atrai muitas pessoas, mas, por mais atraente que seja a ideia, é frequentemente descartada como utópica. Como uma sociedade anarquista poderia se defender contra estados grandes e centralizados? A defesa, alegou-se, não pode ser fornecida de forma adequada pelo livre mercado. É o que os economistas chamam de “bem público”.
Os contribuintes de The Myth of National Defense discordam desse veredicto. Em um ensaio caracteristicamente estimulante, Hans-Hermann Hoppe mostra em detalhes como uma sociedade anarquista lidaria com a proteção. Ele sugere que as agências de proteção estariam vinculadas às seguradoras. Levando a batalha até seus adversários estatistas, Hoppe afirma que Hobbes e seus muitos sucessores falharam em mostrar que o estado que eles apóiam é preferível ao estado de natureza.
Walter Block enfrenta o problema dos bens públicos de frente. Não é verdade, diz ele, que a defesa deva ser fornecida a todos, principal reivindicação daqueles que levantam a objeção de bens públicos. Ao contrário, o mercado tem meios de excluir do recebimento de proteção quem não compra serviços de defesa.
Jeffrey Hummel traz uma perspectiva histórica para o argumento. Dadas as condições tecnológicas modernas, uma força de defesa pequena, mas tecnológica, do tipo que uma sociedade anarquista poderia fornecer, seria capaz de repelir invasões dos exércitos de massa criados pelos estados. Joseph Stromberg olha para a história da guerra de guerrilha para ilustrar a defesa bem-sucedida sem um grande exército, e Larry Sechrest mostra como forças privadas realizaram a guerra naval.
O livro contém muito mais; como exemplo, o distinto filósofo da ciência Gerard Radnitzky desafia a visão de que as democracias são mais pacíficas do que outras formas de governo. Os leitores em busca de uma alternativa inteligente para os brometos rançosos que dominam o pensamento atual sobre a defesa nacional encontrarão exatamente o que procuram neste livro notável!