Ser libertário precisa se tornar um lance. Ser libertário precisa ser algo extremamente óbvio pras pessoas e não será fazendo libertários ricos. Esse é um erro clássico. Na verdade, libertários se tornarão mais pobres.
Algo é lucrativo até deixar de ser. Algo é bom até que seja ruim. Algo lucrativo é uma escolha. Ora bolas meus queridos, não percebem o óbvio? Vejam a mim, sou gordo. Poderia ser magro. Sei aquilo que preciso fazer para ser magro. Por que não o sou? Porque decidindo entre os dois, encontrei inconscientemente que ser gordo me traz maior alegria de curto prazo e minha preferência temporal está OK com isso. Pessoas fazem a mesma coisa ao serem estatistas por algo chamado problema da apropriabilidade, que se impõe aqui.
Aquilo que diz que alguém tomará determinada decisão é medido numa instância das suas decisões pessoais, embora se manifeste em uma externalidade positiva ou negativa. Toda uma sociedade se beneficia da higiene de determinada pessoa, mas a pessoa opta por se higienizar por critérios eminentemente individualistas.
É a aproximação entre a vontade social e a vontade individual que expressam a relação de lucro nas ações. E isso é algo extremamente subjetivo com o qual nós não podemos contar. A única possibilidade de resolver algo assim é criando uma outra via.
É a via da diminuição informacional que contorna os custos e alinha os incentivos que poderá mudar a estrutura disso. E a única forma é tendo prejuízo. Eu preciso deixar de ser gordo porque uma sociedade em que eu seja magro é uma sociedade mais segura e mais saudável porque eu acredito que seja a verdade. Uma pessoa precisa montar uma empresa nos moldes libertários porque ela acredita ser o certo, apesar dos custos informacionais e econômicos típicos de tomar uma decisão como pioneiro.
Um dia, ser libertário será a coisa mais sensata a se fazer. Só que esse dia só acontecerá baseado numa quantidade insana de prejuízo. E perceber isso pode te fazer desistir sim. Mas não gostaria que fizesse porque vejo em cada pioneiro(a) um irmão/irmã na liberdade. Em cada antigo, um homem mais nobre que eu. Em cada novo, alguém a ser auxiliado.
Illegitimi non carborundum
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